quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Geysa R. O. N. Vidon

No limiar da vida e da arte: um olhar bakhtiniano sobre discursos marginalizados
VIDON, Geyza R. O. N. (PPGE/UFES/FAPES)
geyzanovais@yahoo.com.br
“Você ri da minha roupa,
ri do meu cabelo,
Mas tenta me imitar,
se olhando no espelho”
MV BILL
1- INTRODUÇÃO
Em meio a tantas questões de ordem epistemológica que pairam sobre as indagações e reflexões acadêmicas e não acadêmicas, gostaria, neste ensaio, de dialogar com as questões que envolvem o campo das ciências humanas, sobretudo nos aspectos que atravessam o conhecimento, a linguagem e o sujeito.
Em ciências humanas, o trato com o método é algo muito delicado, pois ele (o método) ocupa lugares distintos e, muitas vezes, dicotômicos. Ora se busca uma aproximação com as ciências exatas e biológicas, adaptando o seu discurso aos moldes dos discursos destas, ora se radicaliza e tudo parece não merecer nenhuma explicação, como se não fosse possível dizer algo neste campo.
As duas posturas parecem perigosas e traiçoeiras. Ambas acabam por afirmar e legitimar uma visão monológica de sujeito, sociedade, mundo e ciência. Enquanto a primeira se fecha em si mesma, se aproximando de uma visão sacralizada e dogmática do fazer científico, a segunda não se sustenta, caindo em um niilismo abstrato.
Diante desse quadro, que posição tomar? O que resta a nós interessados em conhecer o mundo e as relações que estabelecemos com ele? Será que não há nada a dizer e a fazer diante de concepções de ciências humanas tão deterministas e monológicas?
Certa de que o propósito deste breve ensaio não é o de esgotar, nem, tampouco, aprofundar de forma exaustiva as questões acima mencionadas, disparo aqui um pequeno texto que tem por intenção encontrar um alvo, uma voz, um sujeito que queira com ele dialogar.  

2- PENSO, LOGO EXISTO?
Descartes, sem dúvida, deu uma enorme contribuição para a história do conhecimento. No entanto, um pensamento não se cria sozinho, ou seja, não elaboramos um pensamento partindo do nada, ou apenas do sujeito que pensa. O pensamento e a sua expressão – a linguagem – se dão nas relações sociais. Logo, para pensar é preciso remeter-se a um outro, mesmo quando esse outro for um desdobramento do próprio eu (diálogo interior).
O pensamento, o conhecimento e a maneira como os expressamos estão intimamente imbricados às questões de ordem social, histórica e cultural, tanto em seu aspecto macro quanto micro. Só somos humanos porque nos comunicamos. Portanto, poderíamos reavaliar o cogito cartesiano e dizê-lo assim: Comunico, logo existo. Existo como ser-humano; existo como um animal político (Aristóteles); existo como um ser no mundo e para o mundo. Mas, sobretudo, existo para o outro, pois sei que o outro existe para mim.
Buscando não separar conhecimento experienciado e conhecimento teorizado, Mikhail Bakhtin, no início do século passado, apresenta um novo paradigma epistemológico para as ciências humanas.
“Não se pode negar à nossa época o grande mérito de ter se aproximado do ideal da filosofia científica, mas tal filosofia científica não pode ser mais que uma filosofia especializada, isto é, uma filosofia dos diversos domínios da cultura e de sua unidade, sob a forma de uma transcrição teórica desde o interior dos objetos em si da criação cultural e da lei imanente de seu desenvolvimento. Portanto, esta filosofia teórica não pode pretender ser uma filosofia primeira, isto é, uma doutrina não sobre a criação cultural unitária, mas sobre o existir-evento unitário e singular.” (BAKHTIN, 2010, p. 68)

Segundo ele, a filosofia contemporânea não fornece princípios para a união desses dois tipos de conhecimento, e nisso consiste a sua crise.
“Estes dois mundos não se comunicam entre si e não existe um princípio que sirva para incluir e envolver o mundo válido da teoria e da cultura teorizada no existir-evento singular da vida. O ser humano contemporâneo se sente seguro, com inteira liberdade e conhecedor de si, precisamente lá onde ele, por princípio, não está, isto é, no mundo autônomo de um domínio cultural e da sua lei imanente de criação; mas se sente inseguro, privado de recursos e desanimado quando se trata dele mesmo, quando ele é o centro da origem do ato, na vida real e única.” (BAKHTIN, 2010, pp. 69-70)

  Aqui o jovem Bakhtin já apontava para o perigo de se estabelecer para o mundo objetivo um lugar e para o mundo subjetivo outro.
Esse ensaio de Bakhtin, escrito no início dos anos vinte do século passado, inacabado e não publicado em vida, agora traduzido e publicado em português (bem como em outras línguas, como o italiano e o espanhol, por exemplo), é um dos primeiros trabalhos que trazem o germe da filosofia bakhtiniana. Nele encontramos repetidamente a postura desse filósofo diante do mundo e da vida no seu mais amplo sentido.
Bakhtin dialoga com vozes, ora explícitas, ora implícitas, assumindo os riscos que uma exposição carrega. Deste modo, ele não só enfrenta a visão positivista de ciência, sobretudo nas áreas das humanidades, mas também descarta absolutamente as visões puramente subjetivistas, individualistas e idealistas, que buscam apenas no sujeito, como ser total e completo, as origens do conhecimento, e, ainda, as visões que não acreditam na possibilidade do conhecimento.
Percebe-se, com Bakhtin, que todas essas visões, quando se fecham em si mesmas, apresentam o mesmo problema. Elas são monológicas, autoritárias, irresponsáveis, e não passam de teoricismos que tentam no fundo impor a sua verdade, única e acabada, mesmo aquelas que dizem não existir verdade alguma.
Como já foi dito, o ensaio em questão é bastante complexo, muito denso, apresentando várias limitações, seja pelo seu caráter de “rascunho incompleto”, seja pela época e circunstâncias em que foi escrito. Porém, ele é perfeitamente coerente com o conjunto da obra bakhtiniana, a qual, por mais profunda, consistente, contundente que nos pareça, é antes de tudo dialógica, aberta e inacabada. Inacabada não no sentido medíocre, mas no sentido de dar àquele que a recebe, o direito de respondê-la, enfrentá-la, ou compartilhá-la.
É por isso que Bakhtin não concebe a verdade do conhecimento como uma verdade fixa em visões de mundo que por si mesmas foram se constituindo/construindo a partir do ENTRE, das relações históricas, sociais e culturais entre os sujeitos que defendem uma ou outra visão. Ou, em termos bakhtinianos, entre o EU e o OUTRO, que podem respectivamente aqui serem assumidos entre o mundo que se apresenta e o mundo como é visto, percebido, apreendido.

3- UM OLHAR SINGULAR E RESPONSIVO SOBRE O RAP
Acredito que em tempos de violências explícitas, como as que estamos vivenciando nos dias atuais, como, por exemplo, as invasões às favelas do Rio de Janeiro - fruto de tantas outras violências que se estabeleceram ao longo da história desse lugar -, o rap que seleciono parece ser propício e adequado para esta análise que busca dialogar, traduzir e compreender o Outro que não se localiza em mim, mas que, de alguma forma, me afeta.
Aos moldes bakhtinianos e com um tom responsivo-ativo, segue a análise da letra “Só Deus pode me julgar”[1], do rapper carioca MV BILL.
Nesta letra (na íntegra em www.letrasdemusicas.com.br), o rapper se coloca como um homem duro, forte, cheio de auto-estima, o que se assemelha à concepção de sujeito responsivo ativo de Bakhtin. Com um tom emotivo-volitivo de resistência, o sujeito representado pelo rap manifesta a sua determinação de não se deixar iludir, se humilhar ou se rebaixar em relação aos valores impostos pela sociedade privilegiada que, do seu lugar, também, particular, institui ideologicamente os seus valores e determina, através dos seus aparatos e mecanismos, o seu peso e a sua obrigatoriedade, criando um efeito de universalidade. Assim, é possível perceber que o rap em questão trava uma luta discursiva contra esses valores maquiados de universais.
Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar
Minha auto estima não é fácil de abaixar
Olhos abertos fixados no céu
Perguntando a Deus qual será o meu papel
Fechar a boca e não expor meus pensamentos
Com receio que eles possam causar constrangimentos
Será que é isso não cumprir compromisso
Abaixar a cabeça e se manter omisso

Para Bakhtin (id. p. 107):
“Um valor igual a si mesmo, reconhecido como universalmente válido, não existe, porquanto a sua validade reconhecida é condicionada não pelo conteúdo tomado abstratamente, mas por sua correlação com o lugar singular daquele que participa; mas deste lugar singular pode-se reconhecer todos os valores, e também qualquer outro ser humano com todos os seus valores; esta é a condição para que este reconhecimento aconteça.”

(...)
É, mantenho minha cabeça em pé
Fale o que quiser, pode vir que já é
Junto com a ralé sem dar marcha ré
Só Deus pode me julgar
Por isso vou na fé
(...)
As armas que eu uso é microfone, caneta e papel

Assim o extenso rap vai se desenrolando. A cada verso uma denúncia, uma ironia ao comparar os desvios de conduta da elite com os da periferia, bem como o tratamento diferenciado que eles recebem da sociedade.

Se for filho de bacana o caso é abafado
A gente que é caçado, tratados como réu
(...)
Quem é mais bandido?
Beira-Mar ou Sérgio Naya?
(...)
Na terra onde quem rouba muito não tem punição

Diante das injustiças, o rapper se coloca como o mensageiro da verdade, um sujeito responsivo-ativo que tem por missão resgatar o respeito pelo povo da periferia, brigar por justiça social e valorizar as origens do povo negro e pobre.
Erga a sua cabeça que a verdade vem à tona
(...)
Soldado da guerra a favor da justiça
Igualdade por aqui é coisa fictícia
(...)
Dignificando e brigando por uma vida justa
(...)
Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo
Mas tenta me imitar se olhando no espelho

No trecho a seguir, é interessante observar como o rapper usa o discurso do louco, que é desprestigiado, mas, ao mesmo tempo, paradoxalmente, valorizado (FOUCAULT, 1996). Porém, o que parece mais importar ao rapper é o fato de se tratar de um discurso menos preso às regras estabelecidas pelas condições discursivas oficiais, portanto mais próximo de uma “certa verdade”. Quando o rapper se diz louco, ele está ironicamente transgredindo a máxima do discurso racional, revelando o não-dito dos sujeitos silenciados pelo discurso oficial.
Ser artista pop star pra mim é pouco Não sou nada disso
Sou apenas mais um louco
Clamando por justiça, igualdade racial
Preto, pobre é parecido, mas não é igual

Em “Só Deus pode me julgar”, assim como em outros raps encontrados no cd Declaração de Guerra, de MV Bill, percebe-se muito claramente como o rapper se coloca como sujeito não-assujeitado pelas regras sociais vigentes. Ao contrário, ele as questiona, as ironiza, mostra as suas falhas, as suas incoerências, por fim, a sua incapacidade de tornar a sociedade mais justa e menos hipócrita.
(CV) MST CUT UNE CUFA (PCC)
O mundo se organiza cada um a sua maneira
Continue ironizando, ou vendo como brincadeira
Besteira, coisa de moleque revoltado,
Ninguém mais quer ser boneco,
Ninguém quer ser controlado,
vigiado, programado, calado, ameaçado

Os versos que seguem apresentam uma concepção sobre a singularidade valorativa do signo morte muito próxima da concepção bakhtniana de ato único e singular.
Como pode ser tragédia a morte de um artista
E a morte de milhões apenas uma estatística
Fato realista de dentro do Brasil
Você que chorava lá no gueto, ninguém te viu

Em Bakhtin (2010, p.106):
“(...) enquanto morra eu, uma pessoa perto de mim, a inteira humanidade histórica; e, naturalmente, o sentido do valor emotivo-volitivo da minha morte, da morte do outro, do meu próximo, do fato da morte de cada ser humano real, varia profundamente caso a caso, já que são todos momentos diferentes do existir-evento singular.”

Aproximando da concepção de existência singular, conforme Bakhtin, o rapper demonstra sua consciência diante da neutralidade massificada e banalizada pela mídia do evento singular da morte para os milhões que, quando ganham uma visibilidade, esta se faz no sentido de ilustrar um quadro quantitativo do campo social.
Sem fantasiar realidade dói
Segregação, menosprezo, é o que destrói
A maioria esquecida no barraco
Que ainda é algemado, extorquido e assassinado
Não é moda: quem pensa incomoda
Não morre pela droga, não vira massa de manobra

Enfim, o rap tenta deixar claro tudo que possa registrar a sua singularidade, e, também, a daqueles que compartilham com ele essa realidade. Assim, mixando vozes, poesia e ruídos que evidenciam o lugar de onde se fala, o rap vai cumprindo o seu papel através de um relato cantado de suas experiências locais, que também dialogam com outros locais, culturas e sujeitos. Nesse sentido, todos os rejeitados da grande metrópole passam a ser vistos não só como vítimas ou criminosos, mas como seres humanos que pensam, sentem, têm família, memória e história – um existir-evento singular e único.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Escolhi o discurso do rap por entendê-lo como um discurso que se encontra no limiar da Vida e da Arte. Através dele os sujeitos apagados e/ou silenciados pela história oficial dos “grandes feitos e heróis” ganham voz e visibilidade. Nesse sentido, as análises bakhtinianas se mostram oportunas e aplicáveis às minhas análises sobre o discurso, o sujeito e o universo no qual o rap se constitui.
Não posso ser indiferente a esse sujeito e às suas relações, simplesmente ignorando-as como se eles não existissem. Não posso me iludir querendo viver num mundo de fantasias apostando que, como um passe de mágica, os problemas e as desigualdades sociais serão resolvidos. Ou, pior ainda, achar que escondendo essa realidade ela nunca irá me afetar. Essa é uma visão hipócrita, autoritária ou, no mínimo, ingênua de mundo e de sociedade. O que está posto aqui é uma “nova” concepção de relação social, uma perspectiva que compartilha a visão dialógica bakhtiniana de sujeitos, de sociedade e de ciência.
Bakhtin era um homem apaixonado pela vida, pela palavra, pelo ser humano. Ele pesquisava o outro através do encontro com este. Reconhecia no outro e no contato com ele as medidas do seu próprio eu. “O outro me dá a medida de mim.”
Mesmo conhecendo o lado feio da vida e dos homens, Bakhtin não deixou de ver a beleza na feiúra. Do mesmo modo, é, também, possível ver no discurso do rap a beleza poética com que se trata a feiúra social por ele representada. Assim como Bakhtin, o Rapper se mostra como um sujeito interpenetrado por vozes e ecos do grande tempo, consciente do seu papel social e do seu compromisso com a palavra e com o outro.
Neste trabalho, o que tentei foi articular/orquestrar a voz do rap, a voz bakhtiniana e a minha própria, apontando para uma possibilidade metodológica de compreensão e de conhecimento em ciências humanas, o que de fato só acontece a partir do reconhecimento das múltiplas vozes, múltiplos planos, múltiplos lugares e sujeitos. Através de uma espécie de tradução se busca a compreensão do outro, da sua palavra, da sua singularidade.
Para isso é preciso assumidamente estar aberto e sensível às fragilidades humanas, ser hospitaleiro e ir ao encontro com o outro numa atitude de acolhimento, sem, no entanto, se perder de vista (tarefa muito difícil em um mundo capitalista/individualista, porém não é impossível).
Nesse sentido, entre aquilo que me localiza e aquilo que me extralocaliza, podemos buscar os indícios e marcas desses momentos de singularidades, porém não podemos fechar o eu e o outro em entidades fixas, inertes, presas a um único território ou uma única identidade. Segundo Susan Petrilli (2010), devemos tomar cuidado ao usar a palavra identidade. Para ela, identidade é uma palavra “feia” e arriscada. Não é possível reduzir a pessoa humana a uma única identidade. A questão da alteridade não pode ser resolvida com uma simples demarcação de fronteiras, “guetizando” os territórios e os sujeitos, condicionando-os aos seus espaços físicos e sociais. Se fizermos isso, estaremos, sem dúvida, empobrecendo não só a existência do outro como também a nossa, limitando o nosso repertório interacional, e perdendo a possibilidade de experimentar novos ângulos de visão, novas realidades, novas posturas perante a minha existência singular e única e a minha existência refratada e coletiva.
Nesse sentido, Bakhtin nos convida a tomar distância do nosso próprio eixo, do nosso próprio eu, da nossa própria comunidade, seja ela pequena ou mesmo uma nação. Tomar distância do nosso próprio tempo cronológico é não mais nos identificarmos conosco mesmo (completamente). Pois a incapacidade de nos distanciarmos é, também, a incapacidade de criticar, inclusive nossa própria existência.
Para Augusto Ponzio (2010), todo o trabalho de Bakhtin gira em torno desse distanciamento. Um distanciamento dialético, pois ao mesmo tempo em que você se distancia, você também não pode se perder. Podemos chamar esse movimento em conformidade com Bakhtin, (2005, p.29) de “movimento turbilhão” (BAKHTIN, 2005, p.29) em que as forças centrípetas e centrífugas atuam no sentido de forjar o espaço do ENTRE. Portanto, é preciso se perguntar:
Quem sou eu? [em tom sério]
Mas, sobretudo:
Sou eu? [em tom cômico]
Rir de si mesmo, colocar-se em discussão.

Assim, parece-me que Bakhtin continua a nos convidar a deixarmos a arrogância e a soberba das verdades fechadas e monológicas para nos enveredarmos ao encontro com o outro nas suas mais diversas circunstâncias e realidades. Se me fechar na minha identidade, não ouço nem a minha própria voz que necessitada do eco alheio para se constituir própria. Portanto, é preciso não apenas ir ao encontro do outro que está fora de mim, mas também do outro que se projeta e se encontra em mim.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.
BAKHTIN, M. Para uma filosofia do ato responsável. São Carlos: Pedro e João Editores, 2010.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. São Paulo: Edições Loyola, 1996.
MV BILL. Declaração de guerra. Rio de Janeiro: Natasha Records/BMG, 2002.
PETRILLI, S. Conferência de abertura do III Círculo – Rodas de Conversa Bakhtiniana. UFSCAR, São Carlos-SP, 2010.
PONZIO, A. Diálogo com Carlos Alberto Faraco na Grande Roda “O trabalho estético em Bakhtin”. III Círculo – Rodas de Conversa Bakhtiniana. UFSCAR, São Carlos-SP, 2010.


[1] Do CD “Declaração de guerra”, de 2002. 

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